Si dó-ar

img-20161017-wa0020

E completares, mares
Tu, como maré, invades
Minha casa
E com graça,
Encharca minha mobília,
Minhas plantas,
Meus costumes.

Seres que não param,
Amam-se e disparam
Versos e mais versos
Desse amor nosso,
Tu e eu.

E suplementares, ares.
Juntos, também somos meia-volta, entre eu e tu, tu e eu, nossas lacunas chegam ao estado de calor visceral, 180 grau-s.
Elementares e in-exatos.
Já somos o resultado, antes mesmo de ser ato.

Mares e ares, um só lar, solar.
Sol-lá si dó-ar,
Um ao outro.
Meu corpo a se queimar no fogo teu
Os corpos tremem, e quem geme, sou eu

Atraídos pelas ruas e vielas
Dessas nossas curvas e linhas retas
Nossa linguagem poética,
Partícula-ridades dessas nossas cidades.

CosMos.

Deixe um comentário